BTT POR TERRAS DO LIDADOR

O mundo do BTT nas terras do Lidador. Os grupos e os seus quintais de recreio nesta terras que já foram do Lidador. Em termos históricos a antiquíssima Terras do Lidador ( Gonçalo Mendes da Maia) nos meados do século XII, estendia-se desde a cidade do Porto, até à margem esquerda do Rio Ave, incluindo o que hoje são os Municipios do Porto, Maia, Matosinhos, Valongo, Trofa e parte de Vila do Conde.

domingo, julho 09, 2006

Domingueio 9 de Julho de 2002


Aqui vai a descrição de um Domingo com amigos

Enquanto uns bravus andavam ás voltas lá para os lados de Lordelo ( passei de tarde por parte do percurso lá pela zona Industrial e manos.... vocês subiram aquilo tudo, dantes acabava ali uma etapa da volta com prémio de montanha).

Outros bravus foram dar uma voltita pelos lados onde nasce o Leça, apareceram :
Eu, Augusto Sousa, "Vítor Guimarei", Ximbrinha, Avô Ximbra, Carlos "Contas" Gomes e um retorno de um velho. mas mesmo velho Patu o Paulo Conde, aos poucos e poucos os bons filhos estão a voltar a casa, só faltou o Machado e o Mocho :)

Desta vez tinha na ideia uma versão nova, digamos um pouco mais Hard e foi mesmo ( Hardeu do calor, Hardeu das subidas, Hardeu das quedas e Hardeu o motor da Kangoo do Vô Ximbra).

Começamos tarde , já o Guimarei andava impaciente ás voltas nas Valinhas e ainda não tínhamos chegado, quando lhe ligo para vir par baixo pois a Kangoo deu o peido e começou a votar fumo por tudo quanto era sitio. focou ali mesmo perto da Nacional, na volta vê-se se vai de reboque ..

Então começamos a subir, a subir, a subir, já todos que chamavam nomes e continuava a subir ( porra se eu sabia que subia tanto tinha ido por estrada) e continuava a subir, até que enfim um xiquinho a descer para o parque de merendas e logo subir e mais subir.
Já o meu pai me tinha deserdado e todos a questionaram porque raio detesto as subidas e depois quando sou guia toca a subir ...
Lá chegamos ao Pilar e disse-lhes:
Pronto a partir de aqui é fácil, sempre a descer e fácil, glup, fácil ??''

Agora é só trocar subir por descer, multiplicar por 10 e levar ao quadrado pela palavra PEDRA. hihihihi
Que curte que adrenalina, foi pedra, penedo, calhau, rego, pó solto, ramos e sei lá que mais, era ver o Conde qual menino com conta livre no Toys Rs.
Fui visitar o penedo onde vi com os meus olhos que a terra há-de comer o Patu a descer em cima de bicla, fosga-se ...............................
E acabamos mesmo nas cascatas do Leça a atravessar o rio de um lado para o outro a chafurdar e depois mais pedra até ao carro, pelo caminho o Augusto gastou quase o stock todo das quedas ( A atravessar o Leça quase imitava o Berto Delon:), o Vítor também snifou da castanha :)

No final demoramos 2h30 para fazer uns enormes 14 kms, com 9 a subir e 5 a descer e a curtir.No final conseguimos trazer a Kangoo até casa, mas a saude já deve ser pouca :(

Afinal os Patus ainda se divertem, venham os nocturnos.

Ximbra
Tenho o track , as têm de pedir muito :)

quinta-feira, maio 04, 2006

BTT, QUE RAIO É ISTO

Quando no meu clube falei pela primeira vez em btt ( já lá vão uns anitos), perguntaram-me que raio era isso, seria algo como Brigada de Transito Terrestre ?

Tive que lhes explicar, o que era a bicicleta de todo o terreno e que as roupas meio larilas que trazia, eram as ideais para andar no monte e não para ir para locais duvidosos e que o moreno á trolha, não era bem de andar a abrir valas.

Assim para que não acha mais duvidas aqui vai a história do btt, existem muitas versões , mas eu gostei desta , não só porque é históricamente correcta, como faz de Heroi o Homem que dá nome á minha bicla.

Este texto é do senhor Jose Manuel Caetano

A bicicleta todo o Terreno ( BTT )
FELIZ INVENÇÃO DO AMERICANO GARY FISCHER

Hoje em dia, qualquer pessoa minimamente ligada ao fenómeno do uso da bicicleta terá a imediata sensação de que algo de novo se passou no mundo das duas rodas sem motor. De facto, um novo conceito de bicicleta começa a impor a sua lei, e pouco a pouco, todos têm vindo a aderir à bicicleta todo o terreno.
Trata-se da bicicleta de todo-o-terreno, mais conhecida por mountain-bike, invenção do americano Gary Fischer, que vem ganhando cada vez mais adeptos em todo o mundo. Gary Fischer foi desde sempre um grande apaixonado pelo mundo das bicicletas, chegando mesmo a participar em algumas provas. No entanto, Fischer, não só se sentia fascinado pela bicicleta no capítulo da competição, pois considerava que ela representava também importante solução como meio de transporte em alternativa ao automóvel. Na década de setenta, com as sucessivas crises de petróleo muitas questões se colocavam nos Estados Unidos, país em que o automóvel assume decisiva importância. Fischer, considerou que era de facto o momento ideal para que se divulgasse a bicicleta, como meio de transporte alternativo, o que sem dúvida iria trazer muitos benefícios ao escoamento de tráfego nas grandes cidades, para além de contribuir decisivamente para um ambiente mais saudável.
No entanto, existia uma enorme lacuna nas bicicletas da altura, pois não existia no mercado um só modelo que pudesse ser ao mesmo tempo usado na estrada e fora dela. O norte-americano achava que a bicicleta deveria ter dupla função. Assim, para além de nos servir de meio de transporte diário, nas ruas das grandes cidades, deveria ainda possibilitar ao seu utilizador um passeio de evasão, durante o fim-de-semana, por entre campos, longe das grandes cidades, possibilitando assim um contacto com a Natureza.

As bicicletas de corrida e passeio existentes só cumpriam a primeira destas funções, pois quando tocava a uma utilização fora da estrada, elas evidenciavam as insuficiências, obrigando o utilizador a escolher outro caminho.
Foi assim que no ano de 1972 Gary Fischer, em colaboração com Tom Tichey, Joe Bree, Charlie Cunningham e ainda muitos outros deram forma à sua ideia de um novo conceito de bicicleta, apto para circular em qualquer estrada, mas com todos os requisitos, para uma utilização fora dela.
O modelo foi construído, tendo por base uma tentativa feita nos anos trinta, de construção de uma bicicleta de todo-o-terreno. Tratava-se de um modelo construído por Ignaz Schwinn, que tinha inegáveis qualidades em termos de robustez, mas via no elevado peso o seu principal defeito, razão pela qual nunca teve muitos adeptos.
No ano de 1974, surgia finalmente o primeiro modelo de Fischer e seus pares, que embora fosse bastante rudimentar em relação às mountain-bike da actualidade, possuía inegáveis melhoramentos em relação à invenção de Schwinn. A nível de quadro, tudo parecia diferente em relação às vulgares bicicletas. Assim os tubos eram consideravelmente mais largos e resistentes, pois só assim poderiam resistir às muitas irregularidades dos pisos de terra. O guiador, foi também consideravelmente modificado, sendo agora um tubo horizontal, para que a condução em terra fique assim mais facilitada. Alvo de grandes atenções, foram os pneus, que tiveram de sofrer grandes alterações, para que assim pudessem circular sem problemas em pisos de terra. Por isso, foram dotados com vários pitons, bem como de uma considerável largura. Também grandes atenções teve o sistema de transmissão. A primeira mountain bike tinha assim grandes desmultiplicações, pois era esta a única forma de se conseguir ultrapassar os mais diversos obstáculos que se deparam a quem anda em pisos de terra.
A partir desta data, a bicicleta de montanha não mais pararia, começando definitivamente a assumir-se como uma nova proposta a ter em conta, aquando da aquisição de um novo modelo.
No ano de 1977, Joe Bree lançaria ele próprio um modelo de sua autoria, que no entanto tinha grandes semelhanças com aquele lançado por Fischer, que era em definitivo o pai das bicicletas de montanha.
Em 1981, inicia-se a produção a nível industrial, e rapidamente inúmeros construtores iniciaram a produção deste tipo de modelos principalmente por não se encontrarem em muitos bons lençóis, e ser esta a última oportunidade de ver melhorada a sua situação.
As pessoas começaram então a interessar-se pela nova mountain bike e uma estatística publicada em 1984 revelava que só nos Estados Unidos haviam sido vendidas cerca de 1500 bicicletas de montanha. De seguida, a produção a nível mundial de bicicletas de todo-o-terreno é já um facto consumado e estes modelos, assumem-se como a grande moda em termos de bicicleta.
No ano de 1986, a venda de bicicletas de montanha cifrava-se já a três por cento em relação a todas as outras bicicletas. No ano seguinte, as mountain bikes representavam 15 por cento das vendas mundiais, para dois anos mais tarde subir mais 20 por cento. Relativamente ao ano de 1989, no conjunto de todas as bicicletas vendidas, as BTT detêm 50 por cento.
Estes valores não podiam passar despercebidos a quem quer que seja nem tão pouco ao próprio inventor da bicicleta de montanha, Gary Fischer, que chegou a confessar: “Quando idealizei a primeira bicicleta de montanha estava longe de pensar que o sucesso fosse tão grande. Hoje sou um homem rico graças à minha invenção, a minha vida bem como a da minha família mudou completamente, graças à mountain bike, e eu estou muito feliz.”
A evolução das mountain bikes não parou e continuamente surgiram novos modelos, dotados da mais recente tecnologia. O mundo das bicicletas foi alterado, passaram a existir grandes revistas, especializadas só em modelos de todo-o-terreno, onde são dadas a conhecer as últimas novidades, realizaram-se os testes a novos modelos, relatam-se viagens feitas em bicicleta de montanha, enfim, foi um processo que não parou mais e não deixava dúvidas a ninguém de que a bicicleta do futuro era de facto a mountain bike.
Muitas marcas mundiais que se dedicam ao fabrico de bicicletas viram, na BTT a sua tábua de salvação, e agora encontram-se num excelente momento, graças à comercialização deste tipo de bicicletas, que sem dúvida alguma começou a merecer a preferência de muitos que procuram um veículo que lhes proporcione um contacto directo com a natureza, longe dos grandes aglomerados urbanos e que lhes traga benefícios para a saúde.
Com as crises no golfo, que têm vindo a provocar ao longo dos anos grandes aumentos de combustível em todo o Mundo, aliado às grandes preocupações ecológicas do momento, prevê-se que a venda de bicicletas aumente ainda mais.
A nível de cicloturismo, a mountain bike assume-se igualmente como a melhor opção, assim não oferece qualquer problema quando utilizada em estrada, e permite ao seu utilizador que sai fora dela, tendo assim acesso a muitos locais que de outra maneira apenas poderiam ser apreciados de longe. Com uma posição de condução bem mais repousante que as vulgares bicicletas, as BTT são de facto o ideal para o cicloturismo, como aliás já foi confirmado pelo crescente número de praticantes desta modalidade, que optaram por este tipo de veículo para as suas viagens de férias ou fim-de-semana.
Nas últimas Feiras de Colónia, que é o mais importante salão mundial das duas rodas, a importância das bicicletas de todo-o-terreno tem ficado claramente demonstrada com a grande maioria dos expositores a darem o grande destaque a este tipo de modelos, em favor dos restantes. A grande atenção do público vai inteirinha para as novas mountain bikes, que são realmente de encher o olho.
O único problema a destacar prende-se com o custo de uma bicicleta deste tipo, consideravelmente elevado, o que se torna compreensível dados os materiais caríssimos, que presidem à sua construção. Para que o peso final seja reduzido, o que é sem dúvida característica essencial numa bicicleta de todo-o-terreno, são necessários materiais raros e caros, que invariavelmente se fazem sentir no preço final da bicicleta.
Outro aspecto, bastante importante na mountain bike, são os grandes benefícios a nível de saúde que o utilizador acaba por ter quando a utiliza. Numa bicicleta de corrida, quem queira praticar um pouco de exercício terá forçosamente de se dirigir para a estrada e aqui surgem os grandes problemas: primeiro, os automobilistas não respeitam minimamente os utilizadores de bicicleta (como aliás já acontece com os motociclistas) e segundo os fumos produzidos pelos seus veículos são muito prejudiciais para a saúde. Numa bicicleta de montanha, o utilizador, pode-se dirigir para o campo, longe da poluição, respirando a ar puro que escasseia nas cidades.
Os grandes desportistas da actualidade têm já quase todos uma BTT, pois há muito que se aperceberam que esta é essencial para uma boa preparação. Basta ir a um parque de pilotos de formula1, para vê-los todos com as suas bicicletas de montanha com as quais muitos deles fazem o reconhecimento à pista.

Resumindo, com a sua invenção Gary Fischer revolucionou por completo o mundo das bicicletas, tornando-as assim num veículo ainda mais polivalente, capaz de circular em qualquer terreno, o que não acontecia antes da sua invenção.

CRONOLOGIA DA MOUNTAIN BIKE
1972 _ Gary Fischer, Charlie Cunningham, Tom Richey e Joe Bree realizam um acontecimento perfeitamente inédito, trata-se de uma corrida de bicicleta fora da estrada, mais concretamente a descida do monte Tamalpais na Califórnia.1973 _ Inicia-se uma reestruturação do veiculo produzido por Inaz Schwinn nos anos trinta denominado Excelsior, que apesar de muito resistente, via no excessivo peso o seu principal defeito.1974 _ Gary Fischer, realiza importantes modificações no modelo de Schwinn, inventando a primeira “dawn hill”, que mais tarde receberia o nome de mountain bike.1977 _ Joe Bree cria ele próprio um modelo, muito parecido com o de Fischer.1979 _ Mike Slayard realiza muitos estudos acerca de bicicletas de montanha vindo mais tarde a introduzir profundos melhoramentos.1981 _ Inicia-se a produção de mountain bikes a nível industrial, e a Rússia expõe um modelo na Feira de Duas Rodas de Milão.1982 _ A primeira estatística indica que só nos Estados Unidos circulam cerca de 15 000 mountain bikes.1984 _ A Rossini apresenta a primeira mountain bike totalmente fabricada em Itália.1985 _ A Cinelli anuncia o seu modelo “Rampichino” versão italiana da mountain bike inventada por Fischer.1986 _ José Caetano, fundador da FPCUB, toma contacto nos EUA com o fenómeno BTT.1987 _ A Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta, com o Stand Jasma (Scott), organiza encontros e passeios de BTT em Portugal.1987 _ O fenómeno mountain bike assume-se cada vez mais e atinge a estrondosa cifra de três milhões de modelos produzidos no espaço de um ano.1989 _ A produção de mountain bike representa 50% do mercado da bicicleta.1990 _ A nível mundial, a venda de mountain bikes atinge 50% da totalidade dos vários tipos de bicicletas.2005 _ A BTT generalizou-se e faz parte do quotidiano dos cidadãos do mundo.

A bicicleta todo o Terreno ( BTT )
FELIZ INVENÇÃO DO AMERICANO GARY FISCHER

Hoje em dia, qualquer pessoa minimamente ligada ao fenómeno do uso da bicicleta terá a imediata sensação de que algo de novo se passou no mundo das duas rodas sem motor. De facto, um novo conceito de bicicleta começa a impor a sua lei, e pouco a pouco, todos têm vindo a aderir à bicicleta todo o terreno.
Trata-se da bicicleta de todo-o-terreno, mais conhecida por mountain-bike, invenção do americano Gary Fischer, que vem ganhando cada vez mais adeptos em todo o mundo. Gary Fischer foi desde sempre um grande apaixonado pelo mundo das bicicletas, chegando mesmo a participar em algumas provas. No entanto, Fischer, não só se sentia fascinado pela bicicleta no capítulo da competição, pois considerava que ela representava também importante solução como meio de transporte em alternativa ao automóvel. Na década de setenta, com as sucessivas crises de petróleo muitas questões se colocavam nos Estados Unidos, país em que o automóvel assume decisiva importância. Fischer, considerou que era de facto o momento ideal para que se divulgasse a bicicleta, como meio de transporte alternativo, o que sem dúvida iria trazer muitos benefícios ao escoamento de tráfego nas grandes cidades, para além de contribuir decisivamente para um ambiente mais saudável.
No entanto, existia uma enorme lacuna nas bicicletas da altura, pois não existia no mercado um só modelo que pudesse ser ao mesmo tempo usado na estrada e fora dela. O norte-americano achava que a bicicleta deveria ter dupla função. Assim, para além de nos servir de meio de transporte diário, nas ruas das grandes cidades, deveria ainda possibilitar ao seu utilizador um passeio de evasão, durante o fim-de-semana, por entre campos, longe das grandes cidades, possibilitando assim um contacto com a Natureza.

As bicicletas de corrida e passeio existentes só cumpriam a primeira destas funções, pois quando tocava a uma utilização fora da estrada, elas evidenciavam as insuficiências, obrigando o utilizador a escolher outro caminho.
Foi assim que no ano de 1972 Gary Fischer, em colaboração com Tom Tichey, Joe Bree, Charlie Cunningham e ainda muitos outros deram forma à sua ideia de um novo conceito de bicicleta, apto para circular em qualquer estrada, mas com todos os requisitos, para uma utilização fora dela.
O modelo foi construído, tendo por base uma tentativa feita nos anos trinta, de construção de uma bicicleta de todo-o-terreno. Tratava-se de um modelo construído por Ignaz Schwinn, que tinha inegáveis qualidades em termos de robustez, mas via no elevado peso o seu principal defeito, razão pela qual nunca teve muitos adeptos.
No ano de 1974, surgia finalmente o primeiro modelo de Fischer e seus pares, que embora fosse bastante rudimentar em relação às mountain-bike da actualidade, possuía inegáveis melhoramentos em relação à invenção de Schwinn. A nível de quadro, tudo parecia diferente em relação às vulgares bicicletas. Assim os tubos eram consideravelmente mais largos e resistentes, pois só assim poderiam resistir às muitas irregularidades dos pisos de terra. O guiador, foi também consideravelmente modificado, sendo agora um tubo horizontal, para que a condução em terra fique assim mais facilitada. Alvo de grandes atenções, foram os pneus, que tiveram de sofrer grandes alterações, para que assim pudessem circular sem problemas em pisos de terra. Por isso, foram dotados com vários pitons, bem como de uma considerável largura. Também grandes atenções teve o sistema de transmissão. A primeira mountain bike tinha assim grandes desmultiplicações, pois era esta a única forma de se conseguir ultrapassar os mais diversos obstáculos que se deparam a quem anda em pisos de terra.
A partir desta data, a bicicleta de montanha não mais pararia, começando definitivamente a assumir-se como uma nova proposta a ter em conta, aquando da aquisição de um novo modelo.
No ano de 1977, Joe Bree lançaria ele próprio um modelo de sua autoria, que no entanto tinha grandes semelhanças com aquele lançado por Fischer, que era em definitivo o pai das bicicletas de montanha.
Em 1981, inicia-se a produção a nível industrial, e rapidamente inúmeros construtores iniciaram a produção deste tipo de modelos principalmente por não se encontrarem em muitos bons lençóis, e ser esta a última oportunidade de ver melhorada a sua situação.
As pessoas começaram então a interessar-se pela nova mountain bike e uma estatística publicada em 1984 revelava que só nos Estados Unidos haviam sido vendidas cerca de 1500 bicicletas de montanha. De seguida, a produção a nível mundial de bicicletas de todo-o-terreno é já um facto consumado e estes modelos, assumem-se como a grande moda em termos de bicicleta.
No ano de 1986, a venda de bicicletas de montanha cifrava-se já a três por cento em relação a todas as outras bicicletas. No ano seguinte, as mountain bikes representavam 15 por cento das vendas mundiais, para dois anos mais tarde subir mais 20 por cento. Relativamente ao ano de 1989, no conjunto de todas as bicicletas vendidas, as BTT detêm 50 por cento.
Estes valores não podiam passar despercebidos a quem quer que seja nem tão pouco ao próprio inventor da bicicleta de montanha, Gary Fischer, que chegou a confessar: “Quando idealizei a primeira bicicleta de montanha estava longe de pensar que o sucesso fosse tão grande. Hoje sou um homem rico graças à minha invenção, a minha vida bem como a da minha família mudou completamente, graças à mountain bike, e eu estou muito feliz.”
A evolução das mountain bikes não parou e continuamente surgiram novos modelos, dotados da mais recente tecnologia. O mundo das bicicletas foi alterado, passaram a existir grandes revistas, especializadas só em modelos de todo-o-terreno, onde são dadas a conhecer as últimas novidades, realizaram-se os testes a novos modelos, relatam-se viagens feitas em bicicleta de montanha, enfim, foi um processo que não parou mais e não deixava dúvidas a ninguém de que a bicicleta do futuro era de facto a mountain bike.
Muitas marcas mundiais que se dedicam ao fabrico de bicicletas viram, na BTT a sua tábua de salvação, e agora encontram-se num excelente momento, graças à comercialização deste tipo de bicicletas, que sem dúvida alguma começou a merecer a preferência de muitos que procuram um veículo que lhes proporcione um contacto directo com a natureza, longe dos grandes aglomerados urbanos e que lhes traga benefícios para a saúde.
Com as crises no golfo, que têm vindo a provocar ao longo dos anos grandes aumentos de combustível em todo o Mundo, aliado às grandes preocupações ecológicas do momento, prevê-se que a venda de bicicletas aumente ainda mais.
A nível de cicloturismo, a mountain bike assume-se igualmente como a melhor opção, assim não oferece qualquer problema quando utilizada em estrada, e permite ao seu utilizador que sai fora dela, tendo assim acesso a muitos locais que de outra maneira apenas poderiam ser apreciados de longe. Com uma posição de condução bem mais repousante que as vulgares bicicletas, as BTT são de facto o ideal para o cicloturismo, como aliás já foi confirmado pelo crescente número de praticantes desta modalidade, que optaram por este tipo de veículo para as suas viagens de férias ou fim-de-semana.
Nas últimas Feiras de Colónia, que é o mais importante salão mundial das duas rodas, a importância das bicicletas de todo-o-terreno tem ficado claramente demonstrada com a grande maioria dos expositores a darem o grande destaque a este tipo de modelos, em favor dos restantes. A grande atenção do público vai inteirinha para as novas mountain bikes, que são realmente de encher o olho.
O único problema a destacar prende-se com o custo de uma bicicleta deste tipo, consideravelmente elevado, o que se torna compreensível dados os materiais caríssimos, que presidem à sua construção. Para que o peso final seja reduzido, o que é sem dúvida característica essencial numa bicicleta de todo-o-terreno, são necessários materiais raros e caros, que invariavelmente se fazem sentir no preço final da bicicleta.
Outro aspecto, bastante importante na mountain bike, são os grandes benefícios a nível de saúde que o utilizador acaba por ter quando a utiliza. Numa bicicleta de corrida, quem queira praticar um pouco de exercício terá forçosamente de se dirigir para a estrada e aqui surgem os grandes problemas: primeiro, os automobilistas não respeitam minimamente os utilizadores de bicicleta (como aliás já acontece com os motociclistas) e segundo os fumos produzidos pelos seus veículos são muito prejudiciais para a saúde. Numa bicicleta de montanha, o utilizador, pode-se dirigir para o campo, longe da poluição, respirando a ar puro que escasseia nas cidades.
Os grandes desportistas da actualidade têm já quase todos uma BTT, pois há muito que se aperceberam que esta é essencial para uma boa preparação. Basta ir a um parque de pilotos de formula1, para vê-los todos com as suas bicicletas de montanha com as quais muitos deles fazem o reconhecimento à pista.

Resumindo, com a sua invenção Gary Fischer revolucionou por completo o mundo das bicicletas, tornando-as assim num veículo ainda mais polivalente, capaz de circular em qualquer terreno, o que não acontecia antes da sua invenção.

CRONOLOGIA DA MOUNTAIN BIKE
1972 _ Gary Fischer, Charlie Cunningham, Tom Richey e Joe Bree realizam um acontecimento perfeitamente inédito, trata-se de uma corrida de bicicleta fora da estrada, mais concretamente a descida do monte Tamalpais na Califórnia.1973 _ Inicia-se uma reestruturação do veiculo produzido por Inaz Schwinn nos anos trinta denominado Excelsior, que apesar de muito resistente, via no excessivo peso o seu principal defeito.1974 _ Gary Fischer, realiza importantes modificações no modelo de Schwinn, inventando a primeira “dawn hill”, que mais tarde receberia o nome de mountain bike.1977 _ Joe Bree cria ele próprio um modelo, muito parecido com o de Fischer.1979 _ Mike Slayard realiza muitos estudos acerca de bicicletas de montanha vindo mais tarde a introduzir profundos melhoramentos.1981 _ Inicia-se a produção de mountain bikes a nível industrial, e a Rússia expõe um modelo na Feira de Duas Rodas de Milão.1982 _ A primeira estatística indica que só nos Estados Unidos circulam cerca de 15 000 mountain bikes.1984 _ A Rossini apresenta a primeira mountain bike totalmente fabricada em Itália.1985 _ A Cinelli anuncia o seu modelo “Rampichino” versão italiana da mountain bike inventada por Fischer.1986 _ José Caetano, fundador da FPCUB, toma contacto nos EUA com o fenómeno BTT.1987 _ A Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta, com o Stand Jasma (Scott), organiza encontros e passeios de BTT em Portugal.1987 _ O fenómeno mountain bike assume-se cada vez mais e atinge a estrondosa cifra de três milhões de modelos produzidos no espaço de um ano.1989 _ A produção de mountain bike representa 50% do mercado da bicicleta.1990 _ A nível mundial, a venda de mountain bikes atinge 50% da totalidade dos vários tipos de bicicletas.2005 _ A BTT generalizou-se e faz parte do quotidiano dos cidadãos do mundo.

José Manuel Caetano, FPCUB

E tudo começou no Interfreguesias


E tudo começou no Interfreguesias

É verdade, o campeonato de btt, não foi a génesis do btt, muito menos dos grupos que se divertem pelos trilhos das Terras do Lidador, mas foi a partir dai que descobri, que a religião do btt é mundo muito grande constituido por várias "seitas" que têm em comum, o amor ao btt e como local de culto os trilhos e montes da zona Norte da Cidade do Porto.

Assim tento com este blog, juntar todas as direcções de páginas de internet e Blogs de grupos, praticantes individuais e entidades que de alguma forma tenha em comum o BTT e as antigas terras do Lidador.

Se acha interessante este projecto e gostaria que a sua pagina ou blog fizesse parte do nosso mundo, envie-me um email com o seu endereço, foto e breve descrição.
ximbra@netcabo.pt

Jorge Antunes "Ximbra"